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carne vermelha

Um componente importante dos esforços preventivos para a redução do risco de doenças cardiovasculares (DCV) é a adoção de estilos de vida saudáveis, incluindo recomendações dietéticas e a maioria dessas recomendações aconselha a limitação da ingestão de carne vermelha. 
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Meta-análises sugerem que existem fatores alternativos aos fatores de risco de DCV tradicionais para ajudar a explicar a associação observada entre a ingestão de carne vermelha e riscos elevados de DCV.​ Um candidato potencial para isso é a via de TMAO (N-óxido de trimetilamina).
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O N-óxido de trimetilamina é gerado por meio de uma via que começa com a formação de trimetilamina (TMA), dependente da microbiota intestinal, a partir de precursores como colina e carnitina. A carne vermelha é rica em carnitina e o maior conteúdo de colina é encontrado em carne bovina e outras carnes, fígado e gema de ovo. Consequentemente o alto consumo de carne vermelha tem maior teor de precursores de colina e carnitina para a geração de TMA e TMAO.
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Padrões alimentares crônicos em que a principal fonte de proteína é derivada de carne vermelha ou que represente 12% das calorias totais/dia, aumenta os níveis de TMAO por três mecanismos diferentes: (i) aumento de nutrientes​ precursores de TMA;​ (ii) aumento da produção microbiana de TMA / TMAO a partir da carnitina, e (iii) redução da excreção renal de TMAO.
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Observaram que após 1 mês de dieta contendo carne vermelha, um aumento nos níveis plasmáticos de TMAO foi percebido na maioria dos indivíduos. ​Em média, os níveis plasmáticos de TMAO aumentaram aproximadamente três vezes​ durante a dieta com carne vermelha, em comparação com as dietas de carne branca ou sem carne, e um aumento de mais de 10 vezes em alguns indivíduos.
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Pontos importantes para o equilíbrio:

🔸️Como o TMAO se forma pela ação das bactérias intestinais (excesso de bactérias patogênicas), aumentar a ingestão de vegetais é importante para reduzir a presença das patogênicas.
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🔸️Os compostos bioativos presentes nos vegetais, também agem como inibidores enzimáticos impedindo a transformação em TMA e TMAO.


Transl Res. 2021 Feb;228:109-125. doi: 10.1016/j.trsl.2020.08.007.
European Heart Journal, Volume 40, Issue 7, 14 February 2019, Pages 583–594


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    © 2014. Anna Cláudia Loyola - Nutricionista.

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