Blog

sindrome do intestino irritável

A síndrome do intestino irritável (SII) é uma doença gastrointestinal funcional com alta prevalência na população. O distúrbio pode ser debilitante em alguns pacientes, enquanto outros podem ter sintomas leves ou moderados.

Sintomas clínicos da SII: ​ Dor ou desconforto abdominal, irregularidades nas fezes e distensão abdominal.

Além disso, a síndrome do intestino irritável é frequentemente associada a outras comorbidades somáticas, como (síndromes de dor, bexiga hiperativa e enxaqueca), condições psiquiátricas (incluindo depressão e ansiedade) e outros distúrbios gastrointestinais funcionais (dispepsia funcional, azia, doença do refluxo gastroesofágico e náuseas).

O diagnóstico da SII é baseado na sintomatologia e na exclusão de outras doenças orgânicas e a terapia inclui o tratamento medicamentoso dos sintomas predominantes, nutrição e psicoterapia.

Fatores que aumentam a susceptibilidade de desenvolver a síndrome do intestino irritável:

  • Comportamento de doença, estresse psicológico agudo, eventos de vida estressantes, ansiedade, depressão, somatização.
  • Infecção gastrointestinal, endometriose, obesidade abdominal, uso de antibióticos, cirurgia abdominal, doença diverticular, disbiose.

O cérebro, por meio do sistema nervoso autônomo e do eixo HPA (hipotálamo-pituitária-adrenal), pode influenciar a motilidade intestinal, a secreção de fluido, a permeabilidade epitelial intestinal, a função imunológica e a composição microbiana intestinal. Por outro lado, várias dessas alterações periféricas podem influenciar a estrutura e o funcionamento do cérebro tanto no desenvolvimento quanto em resposta às perturbações agudas, estabelecendo laços regulatórios circulares entre o intestino e o cérebro.

Por exemplo, a resposta ao estresse gera ativação cerebral e modulação neuroendócrina, assim como leva à Disbiose, que por sua vez, com a diversidade e composição da microbiota alterada, também é um fator contribuinte para a SII e para manifestações extra-gastrointestinais.

Dessa forma, o tratamento é integrado e é preciso paciência no processo, não se trata a SII só com dieta ou sair tomando probiótico, é preciso identificar e tratar a(s) causa(s) base.

Intervenções dietéticas como dieta baixa em FODMAP, probióticos e fibras solúveis, podem melhorar os sintomas de alguns, mas não todos os pacientes com SII. Além disso, as dietas com baixo FODMAP são complexas, exige supervisão de um nutricionista qualificado e envolve a eliminação de muitos itens alimentares considerados componentes de uma dieta saudável. Alguns estudos sugerem que a dieta com baixo FODMAP pode suprimir o crescimento de espécies bacterianas importantes para a microbiota saudável, como as bifidobactérias.

Estudos que avaliaram a qualidade de vida desses pacientes demonstraram ser pior do que em pessoas com diabetes ou doença renal grave, por exemplo.

Comer com a família e amigos é a forma mais comum de interação social. A incapacidade de participar de um componente tão fundamental das relações sociais devido ao medo da dor, urgência, diarreia ou distensão, pode ser devastador e resultar em isolamento.

Busque acompanhamento médico e nutricional, além de outras terapias.


DOI: 10.1038/nrdp.2016.14


Compartilhe:

ASSINE A NEWSLETTER

Assine a newsletter e fique por dentro das novidades da nutrição funcional.

    Não se preocupe, seu e-mail está salvo em minha base de dados e não será repassado a terceiros.

    © 2014. Anna Cláudia Loyola - Nutricionista.

    As informações contidas neste site não caracterizam um atendimento. É importante considerar os aspectos individuais para que o tratamento seja melhor direcionado.

    Como posso te ajudar?