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A disbiose é a alteração da microbiota intestinal caracterizada por disfunção colônica, na qual há um predomínio de bactérias patogênicas. Requer diagnóstico médico, pois outras condições clínicas podem estar associadas. Disbiose é um estado, não uma doença, que interfere na integridade da mucosa intestinal, provoca aumento da permeabilidade capaz de permitir a passagem de nutrientes não digeridos e outras substâncias como toxinas e bactérias, provocando mudanças fisiológicas no ambiente intestinal, autoimunes, alérgicas e metabólicas(ex: obesidade, alterações dermatológicas, neurológicas, doenças crônicas).
O que causa esse desequilíbrio?
*Estresse *Má higiene bucal *Sedentarismo *Sono ruim
*Medicamentos (antibióticos, inibidores de bomba de próton, anti-inflamatórios)
*Hipocloridria (baixa produção de ácido clorídrico, que o estresse também contribui)
*Dieta hiperproteica
*Consumo de carboidrato de alto índice glicêmico
*Aditivos alimentares, como os sulfitos, que encontramos em sucos industrializados, frutas desidratadas (se tratadas com dióxido de enxofre); produtos cárneos, adoçantes artificiais, entre outros aditivos sintéticos. Importante ler o rótulo e limitar o consumo de alimentos processados e evitar os ultraprocessados.
*Alimentos alergênicos
*Baixa ingestão de água
*Baixo consumo de fibras, fitoquímicos (vegetais), vitaminas e minerais.
Como tratar?
Remover ou reduzir a presença de fatores que causam lesão na mucosa (como antígenos alimentares, patógenos, substâncias tóxicas ou irritantes); recolocar e/ou estimular a produção de fatores digestórios, por meio de condutas dietéticas ou mesmo pela reposição direta, sempre que houver necessidade; reinocular o trato digestório com bactérias probióticas e/ou seus substratos, os prebióticos; e estratégias de reposição de nutrientes envolvidos no reparo das células da mucosa, por meio de alimentos e/ou suplementos e manter uma alimentação saudável.
Mas não se esqueça que para manter um intestino saudável você também precisa de um sono reparador, praticar atividade física regularmente, manejo do estresse, mastigar bem e devagar.
Int J Environ Res Public Health. 2018;15(8). pii: E1679 ;
Evol Med Public Health. 2014;2014(1):163 ;
Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, SP. v.12. n.74. p.767-775, 2018 ;
Associação Brasileira de Nutrologia – ABRAN ;
Tratado de nutrição esportiva funcional -1. ed. – São Paulo : Roca, 2014 ;
World Gastroenterology Organisation, Vol. 17, 3, 2012.
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© 2014. Anna Cláudia Loyola - Nutricionista.
As informações contidas neste site não caracterizam um atendimento. É importante considerar os aspectos individuais para que o tratamento seja melhor direcionado.