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A inflamação é uma resposta normal e desejável do corpo a uma lesão, em geral é uma resposta de fase aguda e esses mediadores inflamatórios agudos possuem meias-vidas curtas e são rapidamente degradados.
A inflamação crônica tem muitas características de inflamação aguda, mas geralmente é de baixo grau e persistente, resultando em respostas que levam à degeneração tecidual em vez de reparos.
Nosso organismo possui diversos mecanismos para essa regulação através do sistema imune e sistema de defesa antioxidante, mas em diversas situações como doenças crônicas existentes, estresse, poucas horas de sono, má alimentação e variações genéticas, o organismo continua a sintetizar mediadores inflamatórios que alteram os processos fisiológicos normais.
A inflamação crônica é reconhecida como um fator subjacente em distúrbios crônicos, como artrite reumatoide, doença cardiovascular, diabetes, obesidade, distúrbios inflamatórios intestinais, entre outras, assim como contribui para o surgimento das doenças. Presente também no envelhecimento (a maioria, se não todas as doenças relacionadas à idade, compartilham uma patogênese inflamatória).
Sabe-se que vitaminas e minerais são importantes sinalizadores celulares que regulam processos extremamente complexos, como a resposta inflamatória, assim como os compostos bioativos dos alimentos, ou seja, uma alimentação saudável e bem equilibrada, rica em vegetais, pode reverter ou ajudar a controlar quadros inflamatórios.
Em relação aos alimentos/compostos mais estudados nesse contexto, são: azeite extra virgem, curcumina, cacau, canela, frutas como macã, amora, cereja, uvas escuras, framboesas, principalmente as cascas, chá verde, alho, cebola, gengibre, ômega 3, além de frutas/verduras no geral.
Mas é importante considerar a constituição genética, quadros leves/graves e o trabalho multidisciplinar, bem como todo o contexto de um estilo de vida saudável na redução do risco e para o tratamento de doenças.
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© 2014. Anna Cláudia Loyola - Nutricionista.
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