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A enxaqueca é um distúrbio neurovascular crônico caracterizado por dor intensa e pulsante na cabeça. Os mecanismos relacionados com a sua fisiopatologia ainda não estão completamente esclarecidos. O início de um episódio de enxaqueca pode variar de uma pessoa para outra ou de um episódio para outro, surgindo a qualquer hora do dia ou da noite.
As crises de enxaqueca podem ser precipitadas por fatores intrínsecos e ambientais como o excesso de trabalho, estímulos luminosos, excesso ou déficit de sono, jejum prolongado, climas extremos, perfumes, tensão pré mestrual, genética e alimentos como chocolate, frutas cítricas, cafeína, queijo, vinho, glutamato monossódico (aditivo alimentar que aumenta a palatabilidade dos alimentos) usado em produtos industrializados como molhos, sopas instantâneas, comida chinesa, carnes processadas e vários tipos de salgadinhos e aperitivos. Alguns minerais como magnésio, zinco, vitamina B2 ajudam controlar a crise, além de corrigir os possíveis erros alimentares. É importante identificar a causa, pois utilizar medicamentos regularmente pode gerar um círculo vicioso, alterando a microbiota intestinal e a sua permeabilidade, com uma permeabilidade intestinal alterada pode haver passagens de macromoléculas que não foram digeridas e desencadear os sintomas, além da má absorção de nutrientes que vão ser importantes, por exemplo, na ação antioxidante, regulação de neurotransmissores, ação destoxificante e vários outros mecanismos. Recomenda-se uma alimentação completa e equilibrada em conjunto com um estilo de vida saudável. Assim, a terapia farmacológica, em longo prazo, é apropriada apenas quando já se excluíram os fatores desencadeantes da enxaqueca.

Referências:
Oliveira, M.M.; Silva, C.B. Enxaqueca: Fisiopatologia e Fatores Alimentares desencadeantes. Universidade do Porto.
Machado, J.; Barros, J.; Palmeira, M. Enxaqueca: fisiopatogenia, clínica e tratamento. Rev Port Clin Geral 2006;22:461-470.